
- Venezuela e Argentina estabeleceram novos recordes de volume de negociação semanal com Bitcoin (BTC) na plataforma de câmbio LocalBitcoins P2P.
- Os níveis de comércio com Bitcoin estão a aumentar devido à situação económica complicada destes países.
De acordo com dados da plataforma CoinDance, o volume de comércio com Bitcoin aumentou na Argentina e Venezuela. Os países latino-americanos bateram um novo recorde em dezembro deste ano.
Quanto Bitcoin é comercializado na Venezuela e na Argentina?
De acordo com a CoinDance, o crescimento do volume de comércio semanal tem sido praticamente contínuo.
Na semana de 21 de dezembro, o comércio de Bitcoin atingiu mais de 500 mil dólares (em moeda local, quase 30 milhões de pesos argentinos). Em comparação, a semana anterior registrou um volume de negociação de 300 mil dólares ou 21 milhões de pesos argentinos.
Na Venezuela, foram negociados 250 bilhões de bolívares durante estas datas (equivalentes a 24 milhões de dólares). Em contrapartida, o volume da semana anterior foi aproximadamente 14,5% menor. Em novembro, ambos os países registraram um volume de 19 milhões de pesos argentinos e 142 bilhões de bolívares. Nesta data, o aumento do volume comercial foi significativo, mas o volume comercial do BTC permaneceu praticamente o mesmo que em outros períodos.
Isto indica que a inflação continua afetando as moedas nacionais. Para este novo recorde, houve um aumento em ambos os fatores. A diferença entre o volume de comércio da Argentina e da Venezuela é enorme. No entanto, as causas por trás do aumento do comércio de BTC na região são semelhantes.
Fatores do aumento do volume de negócios do Bitcoin
Os fatores que justificam o aumento do volume comercial para Venezuela e Argentina são políticos e econômicos. Ambos os países estão a atravessar uma grave crise económica e social.
Como informou a CNF, após as eleições de outubro, o governo argentino mudou seu regime cambial. As novas restrições proibiram os cidadãos de comprar bens por mais de 200 dólares por mês. Para as criptomoedas a proibição foi total. Os argentinos, em teoria, não podiam adquirir Bitcoin com seus cartões de crédito.
Na Venezuela, ainda há altos níveis de inflação e um aumento no preço dos produtos locais. A moeda nacional continua a perder seu valor e seus cidadãos recorrem cada vez mais a moedas estrangeiras para suas operações diárias.
Embora o governo venezuelano tenha tentado impor o uso de uma moeda digital emitida pelo banco central local, a Petro tem tido pouco impacto no comércio local. Seu difícil comércio e sua falta de transparência só geraram desconfiança na população.
Nesses países, Bitcoin surgiu como uma alternativa confiável, irrestrita e adequada para atravessar a crise. É assim que o analista CryptoWelso a registra em sua conta do Twitter.
Demand for #Bitcoin in economically volatile regions reached record highs in 2019.
Since 2013, volumes on Argentine peso, Hong Kong dollar, and Venezuelan bolivar bitcoin pairs have exceeded $600 billion in total value. pic.twitter.com/atKadtWjb3
— Welson ? (@CryptoWelson) November 1, 2019
O preço da Bitcoin fica em $7.369 USD e teve um ligeiro lucro (0,71%) nas últimas 24 horas. Resta saber como o comércio de Bitcoin se moverá na Venezuela e na Argentina durante 2020. Por enquanto, parece certo que a demanda por Bitcoin só vai aumentar com a crise econômica.
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