- As autoridades brasileiras aprovaram o pedido da BlackRock para listar o ETF Ethereum (ETH) (ETHA) em uma bolsa local meses após o lançamento do Solana ETF.
- Espera-se que o ETHA seja lançado hoje a um preço inicial entre US$ 7,26 e US$ 9,0 e uma taxa de administração reduzida de 0,12%.
O Spot Ethereum Exchange Traded Fund (ETF) chegou ao Brasil depois que a BlackRock finalmente obteve o sinal verde regulatório para listar o produto na bolsa B3 do Brasil.
Com estreia prevista para hoje, 28 de agosto, o ETF é estruturado por meio de um recibo internacional de ativos (BDR) e será listado sob o código ETHA39. Especialistas também explicam que o produto é definido como Brazilian Depositary Receipts (BDR) – certificados que representam ações emitidas por uma empresa em outros países.
De acordo com um post no blog local , o ativo valeria um terço do iShares Ethereum Trust (ETHA) da BlackRock. Isso implica que o preço inicial variaria entre R$ 40 e R$ 50 (US$ 7,26 e US$ 9,0), dependendo do movimento do preço. Além disso, espera-se que o BDR tenha a taxa de administração dispensada por um ano, elevando a taxa para 0,12% sobre os primeiros US$ 2,5 bilhões em ativos sob gestão (AUM).
Comentando sobre isso, o chefe de ETFs, investimentos em índices e produtos da BlackRock para a América Latina, Nicolas Gomez, revelou que o último desenvolvimento expõe diretamente as maiores criptomoedas por capitalização de mercado aos investidores da região.
Além disso, o diretor da BlackRock no Brasil, Cristiano Castro, deu a entender que o ETHA39 poderia apoiar amplamente uma série de aplicativos de blockchain.
O lançamento do ETHA39 expande a oferta de ativos digitais e simplifica o acesso dos investidores a um ativo que tem o potencial de suportar uma ampla e diversificada gama de aplicativos de blockchain.
O preço da ETH não reagiu muito a essa notícia empolgante, pois continua 8% abaixo nas últimas 24 horas e sendo negociado abaixo de US$ 2.500.
A estreia do IBIT da BlackRock no Brasil e o desempenho geral do ETF
Em março, o iShares Bitcoin Trust ETF (IBIT) da BlackRock, que tem sido o mais bem-sucedido entre os dez ETFs aprovados nos EUA, foi lançado no Brasil com uma taxa de administração de 0,25% sujeita a uma redução para 0,12% no primeiro ano.
Na época, o superintendente de juros e moedas da B3, Felipe Gonçalves, atribuiu a mudança à crescente demanda por essa classe de ativos no Brasil.
Essa é mais uma oportunidade para os investidores incluírem a exposição ao Bitcoin em seus portfólios. O crescente interesse no mercado de criptomoedas por parte de investidores de todo o mundo também provocou uma busca por opções no mercado de capitais brasileiro.
Recentemente, o ETHA da BlackRock atingiu um marco histórico, tornando-se o primeiro de todos os emissores a atingir US$ 1 bilhão em entradas líquidas. Comparativamente, o FETH da Fidelity registrou uma entrada líquida de US$ 367 milhões, o ETHW da Bitwise teve US$ 310 milhões e o ETH da Grayscale registrou US$ 227 milhões.
Ele também detinha US$ 860 milhões em ativos líquidos para superar o mini ether trust (ETH) e o Ethereum trust (ETHE) da Grayscale. Com base nos fluxos de entrada de 2024, o fundo Bitcoin da BlackRock ficou entre os cinco primeiros de todos os ETFs, incluindo os não criptográficos.
O Brasil, por outro lado, está gradualmente adotando a classe de ativos, já que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou recentemente o segundo ETF Solana. Atualmente, na fase pré-operacional, o ETF SOL seria oferecido pela gestora de ativos Hashdex, sediada no Brasil, em parceria com um banco de investimentos local, o BTG Pactual. Espera-se que seu sucesso influencie os EUA a considerar sua aprovação, conforme indicado em nosso relatório recente .