- A exposição do BCRA apresenta plataformas de mineração de criptomoedas, mostrando preços de criptomoedas em tempo real e destruição de moedas fiduciárias.
- Instalações artísticas de Alberto Echegaray mesclam tecnologia e arte, destacando a transição da moeda tradicional para a digital.
O Banco Central da Argentina (BCRA) lançou uma nova exposição que mostra ao público equipamentos de mineração de criptomoedas. Essa exposição, intitulada “Arte, Inteligência Artificial e o futuro da economia ”, foi inaugurada em 31 de outubro e está sendo realizada atualmente na Usina del Arte, em Buenos Aires. Ela marca um passo significativo na integração contínua da Argentina com o setor de criptomoedas, que teve um crescimento substancial em todo o país.
A exposição do BCRA não é apenas uma exibição de inovação tecnológica; ela também apresenta uma interpretação artística de Alberto Echegaray, conhecido por seu trabalho com destruição de moedas e comentários sobre sistemas econômicos.
Na exposição, outras esferas destroem artisticamente a moeda fiduciária em tempo real, simbolizando a mudança gradual do dinheiro tradicional para formatos criptográficos. A inclusão de plataformas de mineração de criptomoedas ativas, visivelmente prontas para operação, enfatiza ainda mais os aspectos tangíveis dessa revolução digital.
Além dos elementos artísticos, a exposição busca educar o público sobre as implicações práticas da mineração de criptomoedas e seu papel na economia digital. Observa-se que as plataformas de mineração exibidas geraram quantidades significativas de Bitcoin e Ethereum entre 2015 e 2020, ilustrando a lucratividade potencial e o impacto dessa tecnologia nos sistemas econômicos globais.
Essa iniciativa do BCRA coincide com uma tendência mais ampla de aumento da adoção de criptomoedas na Argentina. Relatórios de bolsas locais, como a Bitso, destacam que a Argentina lidera a América Latina em diversidade de gênero no espaço criptográfico, com mulheres representando 30% dos participantes de criptomoedas.
“Nos últimos 12 anos, o artista Alberto Echegaray visitou 17 bancos centrais e destruiu dinheiro em cada um deles. De acordo com sua visão artística, a destruição do papel-moeda é uma questão de tempo. De sua perspectiva, o direito à privacidade faz parte da discussão e da tensão global em todos os Estados”, explica a seção Novo Mundo – O Presente do BCRA.
Além disso, a Argentina é conhecida por seu alto volume de transações de criptomoeda, ressaltando o papel central do país no mercado regional de criptografia.
Como relatamos anteriormente na CNF, o cenário regulatório na Argentina também está evoluindo para acomodar esse setor em crescimento. A Comissão Nacional de Valores Mobiliários (CNV) está desenvolvendo ativamente normas administrativas para regulamentar os Provedores de Serviços de Ativos Virtuais (VASPs).
Esse impulso regulatório visa estabelecer uma estrutura abrangente que garanta a segurança e a transparência das transações de ativos digitais e, ao mesmo tempo, promova um ambiente propício à inovação e ao crescimento.
Por meio de exposições como a da Usina del Arte e dos avanços regulatórios, a Argentina está se posicionando como líder na integração da tecnologia blockchain e das moedas digitais em sua infraestrutura econômica, sinalizando uma mudança significativa em direção a uma economia global mais digital e descentralizada.